sexta-feira, 22 de maio de 2020

O Príncipe Cruel - Holly Black

Confesso que comprei o livro pela hype. O encomendei logo depois de comprar O Canto mais Escuro da Floresta e fiquei bastante desanimada com a minha escolha impulsiva após a primeira leitura. Decidi por iniciar imediatamente O Príncipe Cruel porque sabia que, se não o fizesse, ele acumularia pó na minha estante sem nunca ser aberto.

Ao iniciar a leitura me surpreendi com o estilo de escrita. Este segundo livro não parece ter sido escrito pela mesma autora: esta obra é muito mais detalhada e textualmente elaborada. Em comparação, conseguimos visualizar com mais facilidade os cenários féricos e ver o desenrolar da história para algo que vai além do puro drama adolescente. Ambas as histórias se desenham no mesmo universo (inclusive, personagens do primeiro livro da autora aparecem neste segundo). Apesar de girar em torno de outros protagonistas, eles apresentam grandes similaridades. Principalmente no que se refere às semelhanças entre Hazel e Jude: guerreiras humanas, as duas compartilham a paixão por homens-fada, a ausência dos pais na sua criação e a sua busca incessante pelo seu lugar ao sol no mundo férico.

Holly Black ainda tem dificuldade de construir as relações humanas entre os personagens e desenhar com sutileza os seus componentes psicológicos. Como ocorre no primeiro livro que li, os seus personagens são marcados por antagonismos que são incessantemente martelados no decorrer do texto. Isso torna a leitura pouco reveladora. Apesar das críticas, Holly Black conseguiu misturar seguimentos diferentes em uma mesma obra. O Príncipe Cruel é um bom livro de aventura para jovens que mistura fantasia, romance e estratégias de guerra.

Jude é uma adolescente humana cheia de personalidade que vive no meio de fadas incríveis, sedutoras e poderosas: uma premissa que certamente me encantaria se eu tivesse alguns (serei boazinha comigo mesma) anos a mesmo.
Nota: 3/5
Editora: Galera
Páginas: 321

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