Mesmo com os dias da Guerra Fria deixados para trás, o terror de uma guerra nuclear ainda persiste. Inicialmente deixando de lado as hipóteses de conflitos entre nações, o jornalista William Langewiesche explora as opções e possibilidades para o desenvolvimento de armas nucleares em pequena escala, o ideal, por exemplo, para uma célula terrorista. Suas conclusões são preocupantes e tranquilizadoras ao mesmo tempo, pois apesar de a chance de fazer funcionar tal esquema seja ínfima, as consequências são catastróficas. É incrível o nível de pesquisa e aprofundamento do jornalista, que se deslocou para o olho do furacão a fim de encontrar respostas fora do senso comum e de pessoas ligadas diretamente à fonte do problema.
A segunda parte do livro se ocupa em tentar explicar como evoluiu a situação de países considerados menos importantes no contexto global mas que conseguiram - ou tentam conseguir - acesso às armas nucleares, com destaque para Paquistão, Índia, Irã e Iraque. Em alguns momentos se concentra em pessoas específicas, cientistas, políticos e celebridades, deixando o leitor um pouco apreensivo em perceber como o futuro da humanidade pode ser definido por ações de poucos. Novamente, ao mesmo tempo que preocupa, o autor tem o cuidado de tranquilizar. Sua conclusão é que a proliferação atômica é inevitável, porém com os devidos cuidados pode vir a ser inofensiva.
Uma boa leitura curta para os curiosos sobre o assunto, mas não indicada aos ansiosos.
Nota: 3/5
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