
Nesse contexto, a Dra. Jean McClellan é convocada para desenvolver um soro com a função de curar doença do irmão do presidente, que o impede de verbalizar frases coerentes. Em uma busca pela sua própria liberdade, e pelo direito da filha Sônia, de 6 anos, poder falar mais do que 100 palavras diárias, Jean aceita o trabalho e busca uma solução para a situação política norte americana.
O livro peca na falta de sofisticação: nos sentimos lendo panfletos feministas da internet. Os personagens são excessivamente simples, o enredo é raso e recheado de frases de efeito. Os personagens são precariamente construídos e a história se desenha em um caminho previsível.
A autora reforça ao longo de toda a história que a eleição do presidente (e a sua drástica consequência política e social para as mulheres) não teria ocorrido se Jean tivesse saído da sua zona de conforto e ido às ruas protestar. E eu me questiono se a culpa de um sistema opressivo se deve unicamente à falta de mulheres nas ruas.
Acredito que esse livro teria sido muito mais interessante se retratasse a perspectiva da vizinha submissa da protagonista - Olivia King -, ou até mesmo da pequena Sônia que chega empolgada da escola por ter recebido um prêmio pela menor quantidade de palavras contabilizadas na sua turma.
Infelizmente não foi uma boa leitura.
Nota: 1/5
Páginas: 320
Editora: Arqueiro
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