
A história se passa no início do século XX e atravessa o início do declínio do império do café, ainda com fortes raízes escravocratas. Acompanhamos a substituição de mão de obra escrava pela semi-escrava, laborada por mãos italianas e os conflitos entre a promessa de prosperidade a realidade daqueles que tiveram que se submeter a práticas precárias nos campos de café. Além disso, vemos com Babi Sette a busca por status de uma elite que se construiu mimetizando a aristocracia europeia que, curiosamente, ansiava por uma linhagem incompatível com as misturas brasileiras. Neste livro acompanhamos a submissão da jovem Angelina aos abusos do seu marido Pedro enquanto ela se apaixona pelo conterrâneo Vicenzo, e decide se deve se entregar a esse amor proibido.
Quanto às minhas percepções sobre o livro: é uma história previsível, uma explícita releitura de Romeu e Julieta que nos leva por caminhos que facilmente antevemos no decorrer da leitura. A escrita é extremamente simples e repetitiva, o que acaba sendo realmente cansativo. Além disso, a autora explora pouco as aspectos além do amor de Romeu e Julieta, quer dizer, Angelina e Vicenzo. Isto é, não temos acesso à descrições sobre a casa grande a vida cotidiana dos personagens. Parece que tudo se resume a amar, transar e sofrer por amor.
O livro pode agradar a leitores mais românticos que tem o seu coração aquecido por um filme estilo sessão da tarde.
Nota: 2/5
Editora: Verus
Páginas: 376
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