Brautigan tem um estilo que me incomoda ao extremo: infantil. Se é de propósito ou não, não me interessa, acho ruim. Deve ter alguém que goste. E é muito estranho pensar que alguém goste de descrições infantis de assassinatos familiares ou suicídios grupais. Os capítulos, se é que podemos chamar assim, de meia página faziam meu instinto de preservação querer abortar a leitura, pior ainda quando o próximo "capítulo" só começava na outra folha! Nossa, quantos árvores morreram metade à toa. Talvez a edição não seja tão boa assim afinal.
Voltando à obra: Aqui reina o absurdo. Mas não aquele absurdo bem trabalhado, como um filme que dá vontade de ver a versão comentada pelo diretor depois... é aquele absurdo nas coxas, com um sentido tão raso (minuciosamente explicado em umas 10 páginas num posfácio, olha a dificuldade) que era até melhor não ter, pelo menos nisso o Vonnegut sai na vantagem. Sabe quando sua namorada pede pra você contar uma história para dormir e você engata num conto em que Miro, o vampiro sai pelas ruas da Tailândia procurando sangue humano temperado com molho de tamarindo? Imagino que não, mas é essa a pegada do livro.
Tem dragões, espero que esteja escrito grande o suficiente aqui.
Nota: 1,5/5
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