Resumo do livro: uma saudita soldando peças na Lua.
Antes de começar com a resenha propriamente dita, preciso confessar: ficção científica está (muito) longe da minha zona de conforto. Sendo assim, o início da leitura exigiu um grande esforço para me acostumar à atmosfera lunar e às regras físicas, químicas e sociais das relações em Artemis.
Antes de começar com a resenha propriamente dita, preciso confessar: ficção científica está (muito) longe da minha zona de conforto. Sendo assim, o início da leitura exigiu um grande esforço para me acostumar à atmosfera lunar e às regras físicas, químicas e sociais das relações em Artemis.
Este livro foi escrito por um homem e tem quase que exclusivamente personagens masculinos. É certo que Jazz, a personagem principal, é uma jovem mulher de 26 anos mas.. confesso que não me convenceu como mulher. E veja bem.. não estou entrando em detalhes sexistas. A partir da minha perspectiva, Weir não conseguiu acumular a sensibilidade necessária para construir adequadamente um personagem do sexo oposto.
Ainda no que se refere à construção dos personagens, os autor os caracteriza pela sua nacionalidade. Parece que, de alguma forma, é suficiente descrevê-los como "sauditas", "ucranianos", "brasileiros", "quenianos" o que, além de não ajudar a criar proximidade com os personagens, nos deixa com a incômoda sensação de que o autor se acomodou nos estereótipos raciais - e de forma muito inadequada.
Os vilões do livro fazem parte de um cartel/máfia brasileira da família Sanchez que fica em Manaus (?) - será que Andy Weir sabe que a máfia não chega a ser realmente um problema brasileiro e que Sanchez pode ser até um sobrenome comum nos países que se avizinham a nós, mas certamente não no Brasil?
A história não cativa, a personagem perde muito tempo resolvendo problemas técnicos e o autor força um senso de humor que é, honestamente, cansativo. Leitura desagradável.
Nota: 1/5
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
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