Quando completei dez anos de idade, pedi de presente o livro Crime e Castigo. Claro, ao chegar nesse ponto de maturidade de precisar de dois dígitos para demonstrar o quão velho estava, era preciso encarar obras literárias mais densas e de melhor reputação que Harry Potter e afins. Ganhei o livro, comecei a ler, não entendi nada e eventualmente larguei. Li muito antes do tempo que devia. A única diferença da minha leitura de A Filosofia Americana é que dessa vez não larguei e fui até o final.
A autora, uma especialista em filosofia contemporânea, entrevista nomes importantes do cenário americano e tenta com eles definir o que torna a vertente americana peculiar. Temas recorrentes são a fuga da grande guerra, religião, dinheiro e diferenças teóricas em relação às tradições britânicas e continentais. Pessoalmente, só conhecia (e admirava ao menos parte da obra) Nozick e Kuhn, e por me faltar uma base teórica de filosofia analítica e metafísica admito que fiquei boiando grande parte do tempo.
Não tenho a menor condição de dar nota, e só recomendo para quem tem bom conhecimento prévio da área.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A Obra de Arte na Época da Reprodutibilidade Técnica - Walter Benjamin
De tempos em tempos as mudanças de paradigmas exigem dos pensadores uma ressignificação dos conceitos. Talvez o maior alvo desse fenômeno ...
-
O pequeno livro é composto pelas histórias que podem ter a sua linearidade resumida na seguinte citação que Quiroga faz de Dostoiéviski: &q...
-
E finalmente li uma obra integralmente ligada à corrente literária OuLiPo. Conforme já esperava, foi um prazer. Em resumo, os autores de...
-
Ler Saramago só representa desafiar a escrita peculiar até os olhos se acostumarem ao estilo dos parágrafos extensos, sem marcação convenci...
Nenhum comentário:
Postar um comentário